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Instituto Candelaio
Chama - Instituto Candelaio

O Instituto

CANDELAIO é um instituto de formação e pesquisa que visa a propagação do saber por meio de cursos na área de humanidades. Com formatos heterogêneos, nossos cursos entregam conteúdos de rigorosa qualidade a um público amplo, arrimados na missão de engendrar uma formação de excelência. Essa perspectiva se conforma na valorização da atividade intelectual, anímica do instituto, e na qualidade de seu corpo docente. Dessa forma, parte substantiva da receita do instituto destina-se ao pagamento de seus professores e intelectuais curadores.

Seu significado

CANDELAIO alude à obra homônima de Giordano Bruno (1548-1600), sua única peça teatral. Esta obra foi escrita em 1582, época do Renascimento Tardio, numa mistura de latim macarrônico e dialeto napolitano. Nela o pensador nolano criava uma comédia contestadora à homologação linguística italiana que ocorria em Florença, na Accademia della Crusca. Por isso, a reivindicação de Bruno era de que o conhecimento científico também estava fora da academia, razão pela qual intitulou-se um acadêmico sem academia. Candelaio concerne ao castiçal, a base da chama que ilumina a razão.
Giordano Bruno também é nossa fonte de inspiração por seu significado histórico: insubmisso à fogueira inquisitorial da qual foi vítima, o polímata fez-se defensor das novas hipóteses astronômicas copernicanas, complementando-as com a tese do universo infinito. Tal tese enterrou a consideração tradicional do cosmos, a da existência de um centro do universo. Afinal, sua defesa implicava não uma correção particular no campo de uma ciência específica, mas uma mutação total na concepção de universo.

Nossa imagem

A pintura Velha senhora e menino com velas, do mestre Peter Paul Rubens (1577-1640), complementa nossa referência ao Candelaio de Bruno. Além de exímio pintor, Rubens foi um humanista em seu pleno direito, exercendo a diplomacia pelo armistício na Guerra dos Trinta Anos. O óleo sobre painel – que hoje integra a Coleção Mauritshuis – esteve em posse do artista de sua execução, em 1616, até o final de sua vida. Portanto, trata-se de uma pintura não comissionada, que o artista fez para si. No painel temos uma idosa segurando uma vela acesa, enquanto uma criança se inclina sobre seu ombro tentando acender outra vela. Rubens demarcou a penumbra de forma convincente, mostrando o reflexo da luz no rosto enrugado da idosa, sugerindo a passagem do tempo na contraposição entre as duas figuras.
O próprio artista forneceu gravuras acompanhadas da seguinte frase de Ovídio: “Quis vetet apposito, lumen de lumine tolli, Mille licet capiant, deperit inde nihil”. Seu significado, “a chama pode ser tirada mil vezes de outra chama sem diminuí-la”, a despeito da simbologia amorosa do poeta latino, remete à busca do conhecimento através das gerações, um esforço humano que nunca diminui, mas se soma continuamente em cada exemplar do gênero.

CANDELAIO, INSTITUTO DE FORMAÇÃO E PESQUISA, tem a missão de sustentar a chama candente do conhecimento no universo de cada indivíduo.

Somos um instituto de formação e pesquisa que oferta cursos livres e com certificados na área de humanidades. Nossos conteúdos são diversificados e contamos com uma rede de professores associados que estão arrimados na missão de fornecer uma formação de excelência aos nossos alunos.

Direção Executiva

Claudinei Cássio de Rezende

Professor de História e de História da Arte na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP/Cogeae, desde 2015) e de Arte Clássica no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Cientista político e especialista em história da arte e da literatura. Realizou pós-doutorado em História (PUC-SP/Capes). É doutor em Ciências Sociais (Unesp/Fapesp) com tese sobre o filósofo György Lukács. Foi revisor técnico e apresentador do livro de István Mészáros, A revolta dos intelectuais na Hungria (Boitempo, 2018). Também é bacharel, licenciado e mestre em Ciências Sociais, cuja dissertação, premiada, gerou um livro pela Editora Unesp. Docente há mais de vinte anos, foi professor do Centro Universitário Fundação Santo André (2011-2012); é vice-líder do Núcleo de Estudos de História: Trabalho, Ideologia e Poder (CNPq), e integra o conselho científico de diversos periódicos.

Professores - Felipe - Instituto Candelaio
Felipe Ramos Musetti

Professor de Filosofia, especialista em filosofia política moderna e contemporânea, em Marx e em marxismo. É mestre e doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pesquisando temas relacionados ao bonapartismo e à França do século 19, num primeiro momento; e os escritos marxianos de maturidade, num segundo. Também é bacharel em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) e bacharel em Direito pela PUC-SP, quando foi aluno-visitante na Facultad de Derecho de la Universidad de Salamanca (2008-2009), na Espanha. Na PUC-SP, integra o Grupo de Pesquisa “Filosofia Política Contemporânea” (GPFPC). Há alguns anos empenha-se no mundo editorial, sendo editor de uma das mais importantes editoras de obras clássicas, políticas e de filosofia do país, a Editora Hedra.

Professores - Rodolfo - Instituto Candelaio
Rodolfo Costa Machado

Professor de História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP/Cogeae), especialista em história política e história das ideologias. É bacharel em Direito e foi aluno-visitante na Universidad de Salamanca; bacharel em História pela USP; mestre e doutor em História pela PUC-SP. É pioneiro nos estudos das redes anticomunistas transnacionais da Guerra Fria, o primeiro a investigar a inserção do Brasil na Liga Mundial Anticomunista (WACL) e suas conexões com a Operação Condor. Sob orientação de John Dinges, foi pesquisador-visitante da Columbia University in the City of New York. Foi pesquisador da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Integra a rede “The Rise of the Right-Against Rights: Global (Dis)Order in Latin America and Beyond” (RagR) da Oxford University e a “Red Internacional de Estudios sobre el Estado de Excepción y el Terrorismo de Estado” (REDET) da Universidade de Oviedo.

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