Nascido em Demini, na Terra-Floresta Yanomami, em Roraima, em 1980, é cineasta, documentarista, intérprete e tradutor. Foi coordenador de comunicação da Hutukara Associação Yanomami. Atualmente viaja pelo mundo apresentando seus filmes e promovendo o patrimônio cultural e os direitos humanos de seu povo. Entre seus filmes premiados, destacam-se Casa dos Espíritos – Xapiripë Yanopë (2010), Urihi Haromatimapë – Curadores da Terra-Floresta (2014) e Árvore do Sonho – Mãri Hi (2023), inspirado no livro A Queda do Céu, de David Kopenawa, sendo premiado por este filme no festival de cinema “É Tudo Verdade” como melhor documentário de curta-metragem.
Cursos
CINEMA YANOMAMI NA TERRA INDÍGENA
CURSO GRATUITO
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Evento organizado e coordenado por Adriana Palma. Aula magna com Morzaniel Ɨramari, em que o cineasta apresentará suas obras mais importantes, como Casa dos Espíritos – Xapiripë Yanopë (2010), Urihi Haromatimapë – Curadores da Terra-Floresta (2014) e Árvore do Sonho – Mãri Hi (2023). Ɨramari discutirá sua missão como cineasta: “Eu nasci para pegar em câmera, para poder fazer os filmes do meu povo.” Além disso, abordará os desafios contínuos enfrentados pelos Yanomami: “Nós estamos morrendo ainda. Existem invasores trabalhando na terra Yanomami.” O cineasta também falará sobre a conexão entre os Yanomami e a floresta: “Proteger nossa terra-mãe é nos proteger, é proteger o mundo.”
CULTURA E CONTRAPODER NA TERRA-FLORESTA AMAZÔNIA: A FOTOGRAFIA DE CLAUDIA ANDUJAR E O CINEMA DE MORZANIEL ƗRAMARI YANOMAMI E BEKA MUNDURUKU
R$389,00
Aguardando novas turmas
Este curso investiga a fotografia de Claudia Andujar (1931-) e os cinemas de Morzaniel Ɨramari Yanomami (1980-) e Beka Munduruku (2003-) junto ao Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, examinando como a arte tem sido uma ferramenta de resistência e denúncia contra o genocídio e ecocídio na Amazônia brasileira. Através das produções de Claudia Andujar, Morzaniel Yanomami e Beka Munduruku junto ao Coletivo Daje Kapap Eypi, será discutida a interseção entre cultura, terra-floresta, economia e poder, desde o período da ditadura militar (1964-1985) até o contexto atual de desmatamento e exploração ilegal da região. O curso abordará a violência sofrida pelos indígenas na Amazônia, suas formas de resistência e o papel da Justiça de Transição na reparação histórica. A análise dessas produções artísticas revela o enfrentamento indígena às ameaças ambientais e à opressão, além de fornecer uma visão profunda da luta contínua pela preservação das culturas e dos territórios Yanomami e Munduruku. O curso se encerra com a participação da jovem cineasta Beka Munduruku abordando os pontos de vista indígenas no audiovisual como expressão da estética e da luta desses povos contra os invasores na Amazônia brasileira. Além de abordar as violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar, o curso também explora os processos de Justiça de Transição que visam responsabilizar militares e empresas por crimes contra os povos indígenas. As palestras e análises de filmes e fotografias visam estimular reflexões sobre o papel da arte na documentação do genocídio e na resistência indígena.