Atua nas áreas de educação, pesquisa e curadoria. Licenciada em História e mestre em História da Arte pela Universidade de São Paulo. Atualmente é doutoranda em cotutela entre o Programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo e o Instituto de História da Arte da Universidade Westfälische Wilhelms de Münster, na Alemanha. É membro do grupo de seminário "Conectando a Fronteira Amazônica: Fluidez Artística e Cultural na Modernidade", promovido pelo projeto Conectando Histórias da Arte, financiado pela Getty Foundation, entre 2023 e 2024. É professora em cursos de pós-graduação no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, desde 2019, e na École Intuit Lab São Paulo, desde 2022. Ministra cursos livres junto ao Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS SP), desde 2020. Redatora de verbetes para a Enciclopédia de Artes Visuais da Fundação Itaú Cultural. Realizou diversos trabalhos junto à Pinacoteca do Estado de São Paulo, em especial para os setores Educativo e Pesquisa e Curadoria, para este também trabalhou como pesquisadora entre 2014 e 2015. Foi pesquisadora junto ao Museu Afro Brasil entre 2018 e 2020. Fez a curadoria da exposição "Rodrigo Linhares: vivências por reflexo", ganhadora do 1º Edital de Exposições Temporárias do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP).
Cursos
NARRATIVAS DA HISTÓRIA DA ARTE ATRAVÉS DE EXPOSIÇÕES E CURADORIAS
R$259,00
Aguardando novas turmas
As narrativas mais conhecidas de História da Arte tendem a enfocar a obra de arte e o artista. Porém, nos últimos anos, houve uma valorização dos estudos das exposições de arte como um novo viés de análise dentro da história da arte. Nessa perspectiva, o objeto de arte passa a ser considerado como uma entidade correlacionada.
As exposições tornaram-se um importante meio de produção e disseminação de conhecimentos sobre arte entre os séculos XIX e XX. Seu ambiente multifacetado envolve diversas forças, políticas, econômicas e sociais que dão forma a essa produção e distribuição e estão juntas ali estabelecendo diálogos com artistas, críticos, colecionadores, comerciantes e o público em geral. Em meio a essa complexidade, discursos são construídos, mantidos e até desconstruídos, artistas e obras são legitimados e, também, ocorrem especulações financeiras.
O curso visa apresentar um breve panorama da história das exposições de arte, a partir de questões relacionadas às práticas curatoriais, buscando estimular pensamentos críticos sobre o tratamento dado às manifestações artísticas em exposições, considerando os processos de seleção de obras, montagem das mostras, design e recepção pública.
CULTURA E CONTRAPODER NA TERRA-FLORESTA AMAZÔNIA: A FOTOGRAFIA DE CLAUDIA ANDUJAR E O CINEMA DE MORZANIEL ƗRAMARI YANOMAMI E BEKA MUNDURUKU
R$389,00
MATRICULAS DISPONÍVEIS EM BREVE
Este curso investiga a fotografia de Claudia Andujar (1931-) e os cinemas de Morzaniel Ɨramari Yanomami (1980-) e Beka Munduruku (2003-) junto ao Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, examinando como a arte tem sido uma ferramenta de resistência e denúncia contra o genocídio e ecocídio na Amazônia brasileira. Através das produções de Claudia Andujar, Morzaniel Yanomami e Beka Munduruku junto ao Coletivo Daje Kapap Eypi, será discutida a interseção entre cultura, terra-floresta, economia e poder, desde o período da ditadura militar (1964-1985) até o contexto atual de desmatamento e exploração ilegal da região. O curso abordará a violência sofrida pelos indígenas na Amazônia, suas formas de resistência e o papel da Justiça de Transição na reparação histórica. A análise dessas produções artísticas revela o enfrentamento indígena às ameaças ambientais e à opressão, além de fornecer uma visão profunda da luta contínua pela preservação das culturas e dos territórios Yanomami e Munduruku. O curso se encerra com a participação da jovem cineasta Beka Munduruku abordando os pontos de vista indígenas no audiovisual como expressão da estética e da luta desses povos contra os invasores na Amazônia brasileira. Além de abordar as violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar, o curso também explora os processos de Justiça de Transição que visam responsabilizar militares e empresas por crimes contra os povos indígenas. As palestras e análises de filmes e fotografias visam estimular reflexões sobre o papel da arte na documentação do genocídio e na resistência indígena.